Pela terceira vez em toda história dos jogos olímpicos, a cidade de Paris será sede oficial do torneio em 2024. A capital francesa já havia recebido os jogos nos anos de 1900 e 1924. O evento se inicia no dia 26 de julho de 2024 e encerra no dia 11 de agosto, contando com 32 esportes e cerca de 10 mil atletas.
Tradicionalmente, as cidades que sediam os jogos devem escolher um mascote do torneio, este ano a mascote escolhida se chama “Phryge”. O hino e mascote tem como principal função de criar um simbolismo para o público, além de promover valores e deixar com que os jogos se perpetuam na memória dos espectadores.
O Mascote dos Jogos Olímpicos de Paris 2024
Desde a criação de Schuss, o mascote dos Jogos Olímpicos de Inverno de Grenoble em 1968, os mascotes têm servido como embaixadores divertidos e festivos do Movimento Olímpico. Para as Olimpíadas de 2024, o presidente do comitê olímpico, Tony Estanguet, revelou uma escolha inovadora: em vez de um animal, optou por um símbolo ideal, escolhendo um gorro nas cores da França como mascote oficial.
Esses gorros são o "barrete frígio", gorros vermelhos usados durante a Revolução Francesa, que se tornaram um símbolo da república no país. Estanguet afirmou: "Escolhemos o barrete frígio porque é um símbolo muito forte da República Francesa. Para os franceses, é um objeto muito conhecido que é sinônimo de liberdade, um objeto que representará as mascotes em todo o mundo. O fato de a mascote Paralímpica ter uma deficiência visível também transmite uma mensagem poderosa: a promoção da inclusão."
As mascotes têm as cores azul, vermelho e branco, as mesmas da bandeira da França, e exibem o logo dourado de Paris 2024 no peito. "Sozinhos somos rápidos, mas juntos vamos mais longe" é o lema das personagens, simbolizando união e trabalho em equipe. Sua missão é iniciar uma revolução no esporte, demonstrando seu poder de provocar mudanças significativas na sociedade.
A escolha do mascote gerou polêmica entre o público francês, que comparou o chapéu frígio ao formato de um clitóris. A jornalista Matilde Meslin, da Slate France, foi a primeira a comentar sobre a semelhança, escrevendo no Twitter: "Todos concordamos que o mascote não é um chapéu frígio, mas sim um clitóris, certo?". Parte dos franceses acredita que a intenção do designer foi representar uma era "feminista" na França.
O Hino dos Jogos Olímpicos de Paris 2024
Intitulado "Parade" (Desfile), o hino dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 foi composto por Victor le Masne, que também é o diretor musical das cerimônias de abertura e encerramento. A orquestração foi realizada pelo Orchestre National de France em colaboração com o Chœur et Maitrise de Radio France.
O estilo musical do hino faz fusão com elementos da música sinfônica e toques eletrônicos, resultando em uma junção harmoniosa entre tradição e modernidade. A letra e a mensagem centralizam-se nos valores olímpicos de união, paz e celebração do espírito esportivo.
O hino cumpre um papel crucial na criação da identidade dos Jogos, sendo um elemento unificador lembrado tanto por espectadores quanto por atletas. Além de servir como plano de fundo de momentos-chave, ele estabelece o tom emocional e cultural dos eventos, promovendo um profundo senso de comunidade e celebração global.
Impacto Cultural e Social
Muito mais que apenas um evento esportivo, a Olimpíada é um fenômeno cultural global. Durante as transmissões, diretamente ou indiretamente acabamos nos aprofundando na história, costumes, tradições do país sede, informações estas que talvez não chegariam em grande parte do público de forma orgânica se não fosse os Jogos Olímpicos.
Os mascotes e hinos tem total influência na propagação cultural, já que carregam consigo todo um leque de história por trás de um símbolo. Ao longo das edições, os mascotes têm evoluído de simples personagens para ícones reconhecíveis internacionalmente. Por exemplo, durante as Olimpíadas de Londres em 2012, os mascotes Wenlock e Mandeville foram projetados para refletir a herança cultural da Grã-Bretanha, enquanto também cativaram o público jovem com suas formas modernas e coloridas.
Eles se tornaram não apenas embaixadores dos Jogos, mas também figuras de colecionismo e representação cultural. Além dos mascotes, os hinos também mudam, buscando sempre demonstrar e partilhar a cultura de forma leve e indireta, o Hino Olímpico de Barcelona 1992, composto por Manuel de Falla, capturou a essência da cultura espanhola e catalã.
Conclusão
Sendo assim, é nítido a importância do hino e do mascote olímpico para a propagação cultural, além de deixar claro a visão de futuro do país que está sediando. A França, por sua vez, quis mostrar a importância da república para a liberdade dos franceses. A decisão inovadora de incluir uma deficiência visível em um dos mascotes promove uma sensação de inclusão, ampliando ainda mais a visibilidade dos Jogos Paraolímpicos, que geralmente recebem menos atenção que os Jogos Olímpicos.
Como de costume, espera-se que as Olimpíadas de 2024 não sejam apenas um grande evento esportivo, mas também uma celebração abrangente de cultura, conhecimento, inovação e educação. Este evento global não só reunirá atletas de todo o mundo para competir em várias disciplinas esportivas, mas também servirá como um palco para a troca de ideias e a promoção da diversidade cultural.
