As ligas de futebol europeias e a FifPro, sindicato dos jogadores, apresentaram uma queixa formal à Comissão Europeia contra a Fifa, acusando-a de abuso de poder no estabelecimento do calendário internacional de jogos.
A reclamação, feita nesta segunda-feira, critica especialmente a introdução de um novo formato do Mundial de Clubes no meio de 2024 e a expansão da fase inicial da Champions League e da Liga das Nações. Embora a Uefa não tenha sido mencionada na denúncia, devido a uma relação mais colaborativa com as ligas, as entidades argumentam que a postura da Fifa viola as leis da União Europeia.
David Terrier, presidente da FifPro na Europa, afirmou que a queixa visa impedir que a Fifa continue a impor mudanças no calendário que beneficiem apenas a si mesma, aumentando receitas às custas dos jogadores e das ligas nacionais. A queixa não questiona a necessidade de liberar jogadores para partidas de seleções, mas pede que a programação considere também o bem-estar dos atletas e o impacto nas ligas locais.
A European Leagues, que representa 39 ligas profissionais em 33 países, incluindo as principais ligas da Inglaterra, Itália e França, liderou a denúncia, apoiada também pela LaLiga, apesar de não ser membro da associação.
Richard Masters, CEO da Premier League, destacou que o problema não é a Premier League ter mudado de formato, mas sim a expansão constante das competições internacionais e regionais, que têm sobrecarregado os jogadores com excesso de jogos, levando a fadiga, lesões e desgaste mental.