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Anti-futebol inglês, o egoísmo de Ronaldo e outros mitos prejudiciais sobre a Eurocopa 2024

12.07.2024
19:45
Leia na íntegra

Cada grande torneio de seleções é uma época de tendências: tanto futebolísticas quanto… de marketing. Aqui, os torcedores facilmente se tornam prisioneiros de suas próprias ilusões. A Telecom Asia Sport destaca e desmonta quatro principais mitos relacionados à Euro 2024.

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Inglaterra joga um futebol chato, e Southgate não é treinador

Os ingleses caíram de forma infeliz em um popular flash mob. Mesmo nesta Euro, sem mencionar outros grandes torneios de seleções, houve times muito mais monótonos, mas alguns memes sobre Southgate "colaram" em alguns e puxaram uma verdadeira avalanche. Basta lembrar daquele fã.

No final, os ingleses foram coroados os reis do anti-futebol, enquanto a cinzenta Holanda, a Bélgica inexpressiva e a Alemanha bastante "crua", que caiu para o primeiro adversário sério, estavam salvando o futebol, mas de alguma forma falharam na missão.

Também há relatos no espírito de "os ingleses tiveram sorte". Sim, claro. Em 6 jogos seguidos.

Independentemente do ódio contra Gareth Southgate, é preciso reconhecer o principal: a seleção inglesa vive seu melhor período em termos de resultados e se livrou do rótulo de eternos perdedores que caem nas primeiras fases e não sabem bater pênaltis. Southgate melhorou significativamente a psicologia dos jogadores. Os ingleses não se intimidam com suas próprias deficiências, não "desmoronam" durante os melhores momentos do adversário e, em cada jogo, aumentam a intensidade nos minutos finais. Tudo isso são qualidades de uma equipe campeã.

Ronaldo é egoísta

O tradicional flash mob de haters também não poupou Cristiano Ronaldo. A lenda envelhecida irritou muitos por pelo menos três razões. Supostamente Cristiano:

  • veio jogar para sua própria estatística;
  • deu aquela assistência no jogo contra a Turquia para o recorde de assistências;
  • ficou chateado não com a eliminação de Portugal, mas por não ter marcado.

Basicamente, tudo isso pode ser resumido: Cristiano veio à Alemanha para fazer um show. Ele deu a milhões a feliz oportunidade de discutir cada minuto em campo e certamente ainda colherá dividendos disso. No mínimo, rirá de todos que veem suas falhas, mas não notam como, aos 39 anos, ele supera atletas como Upamecano em velocidade.

O mesmo se aplica àqueles que zombam de Ronaldo pelos intermináveis chutes a gol, mas ignoram seu papel na criação de espaços e preparação de ataques. Em suma, seguindo outro grande português, José Mourinho, Ronaldo poderia dizer: "Eu ganho, mesmo quando perco".

Grande número de equipes é uma festa

Claro que não. Desde 2016, o Campeonato Europeu é um torneio "sobrecarregado" com equipes extras. Pense nisso: na Euro 2000, nem a Rússia com Karpin e Mostovoi, nem a Ucrânia com Shevchenko e Rebrov conseguiram se classificar, mas agora Albânia e Escócia se classificam facilmente. A UEFA tem 55 associações de futebol, e a Euro apresenta 24 equipes - praticamente metade das seleções europeias. Isso diminui o valor de se qualificar para o torneio e até mesmo de chegar aos playoffs.

Um exemplo característico. A Romênia, após vencer o primeiro jogo da Euro contra a Ucrânia, não ganhou mais nenhuma partida, mas isso foi suficiente para uma classificação histórica para as oitavas de final - agora isso será contado como a maior conquista da equipe dos Cárpatos em 24 anos. Igualmente duvidosa é a conquista da Eslovênia. Os Bálcãs chegaram aos playoffs pela primeira vez na história, mas em quatro jogos na Euro não conseguiram uma única vitória - parece uma zombaria da geração de Zlatko Zahovic.

Em geral, a verdadeira luta na Alemanha, assim como em 2016 e 2021, começou nas quartas de final. Para a UEFA, isso é motivo de reflexão. Não é impossível que a ideia de reduzir o formato do torneio um dia tome forma. E o torneio com um grande número de participantes, diversidade cultural e tudo mais que continue sendo a Copa do Mundo.

Ausência de inovações na transmissão do futebol

Inicialmente, a principal reclamação sobre a transmissão da Euro era a recusa do formato 4K. A resolução máxima da imagem é HDR. A decisão supostamente foi tomada pelas próprias emissoras que cobrem o torneio. Na mídia britânica, em particular, foi relatado que os custos com equipamentos para transmitir em 4K foram considerados impraticáveis pelas emissoras locais, e os gastos não poderiam ser recuperados.

Após a fase de grupos, a UEFA prometeu compensar essas deficiências com uma exibição especial dos jogos a partir das quartas de final. A partir dessa fase, cada partida terá, além das 46 câmeras principais, uma câmera adicional instalada em um suporte alto para transmitir a imagem do campo de cima. Isso, segundo a UEFA, deve garantir "a filmagem mais bonita do futebol".

Não se pode chamar essa inovação de revolucionária. Mas há muitas novidades tecnológicas relacionadas aos gráficos na Euro. Em particular, o torneio apresentou dados da bola Fussballliebe, cujos sensores capturam todas as vibrações no ar a cada 0,002 segundos. Em particular, por causa da "bola inteligente", o belga Romelu Lukaku deixou o torneio sem marcar um único gol legalmente. Os espectadores, junto com o árbitro turco, ao assistir à repetição no jogo entre Bélgica e Eslováquia, viram a confirmação da mão de Lois Openda, parceiro de Lukaku, na forma de um gráfico de "eletrocardiograma". Seu pico foi justamente o toque da mão de Openda na bola.

Excelentes inovações gráficas foram apresentadas aos espectadores de vários países europeus. A Polônia se destacou especialmente nesse aspecto.

Durante as transmissões da Euro na TV polonesa, os nomes dos jogadores, a velocidade da bola nos chutes e a distância dos passes eram exibidos. Em geral, cada espectador poderia se sentir como um jogador de FIFA.

Avaliação: 5